TRABALHO DE SOCIOLOGIA
OS NOVOS DESAFIOS PARA A SOCIOLOGIA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
O Desenvolvimento da Sociologia
A sociologia na sociedade contemporânea
Se o
contexto histórico do surgimento e da formação da sociologia coincidiu com um
momento de grande expansão do capitalismo, infundindo otimismo em diversos
sociólogos com relação à civilização capitalista. Os acontecimentos históricos
que permearam o seu desenvolvimento tornaram, no mínimo, problemáticas, as
esperanças de democratização que vários sociólogos nutriam com relação ao
capitalismo. O desenvolvimento desta ciência tem como pano de fundo a
existência de uma burguesia que se distanciara de seu projeto de igualdade e
fraternidade, e que, crescentemente, se comportava no plano político de forma
menos liberal e mais conservadora, utilizando intensamente os seus aparatos
repressivos e ideológicos para assegurar a sua dominação.
O
aparecimento das grandes empresas, monopolizando produtos e mercados, a eclosão
de guerras entre as grandes potências mundiais, a intensificação da organização
política do movimento operário e a realização de revoluções socialistas em
diversos países, eram realidades históricas que abalavam as crenças na
perfeição da civilização capitalista.
A profunda crise em que mergulhou a civilização
capitalista em nosso tempo não poderia deixar de provocar sensíveis
repercussões no pensamento sociológico contemporâneo. O desmoronamento da
civilização capitalista, levado a cabo pelos diversos movimentos revolucionários
e pela alternativa socialista, fez com que o conhecimento científico fosse
submetido aos interesses da ordem estabelecida. As ciências sociais, de modo
geral, passaram a ser usadas para produzir um conhecimento útil e necessário à
dominação vigente.Formação da Sociologia
No final do século passado, o matemático francês Henri Poicaré
referiu-se à sociologia como ciência de muitos métodos e poucos resultados. Atualmente
poucos duvidam dos resultados alcançados pelos estudos sociológicos, essa
realidade é atestada pelas inúmeras pesquisas dos sociólogos, pela sua presença
nas universidades e empresas e nos organismos estatais. Ao lado desta crescente
presença da sociologia no nosso dia-a-dia, continuam, porém, chamando a atenção
de todos os que se interessam por ela, os freqüentes e acirrados debates
travados em seu interior sobre o seu objeto de estudo e seus métodos de
investigação.
A falta de um entendimento comum entre os sociólogos sobre a sua
ciência possui, em boa medida, uma relação com a formação de uma sociedade
dividida pelos antagonismos de classe. A existência de interesses opostos na
sociedade capitalista penetrou e invadiu a formação da sociologia. Este contexto
histórico influenciou enormemente suas visões sobre como deveria ser analisada
a sociedade, o que refletiu também no conteúdo político de seus trabalhos. Este
antagonismo deu origem ao aparecimento de diferentes tradições sociológicas ou
distintas sociologias, como afirmam alguns sociólogos.
Não podemos esquecer que a sociologia surgiu num
momento de grande expansão do capitalismo e por isto mesmo alguns sociólogos
otimistas assumiram, diante da sociedade capitalista nascente, que os
interesses e os valores da classe dominante eram representativos do conjunto da
sociedade, e que os conflitos entre as classes sociais eram passageiros.As influências da Antiguidade
Do pãozinho às guerras: a Antiguidade influencia nosso cotidiano em vários campos.
Quando
estudamos as civilizações da Antiguidade, muitas vezes não sabemos por que
razão temos que compreender muitos hábitos e tradições arraigadas entre povos
que viveram há tanto tempo atrás. Contudo, existe uma série de coisas que nos
pode indicar que nossa era tão “moderna” e “tecnológica” deve muito para as
idéias que surgiram há vários séculos. Se examinarmos bem, a Antiguidade está
presente até no café da manhã, já que o pão é uma invenção dos egípcios.
No campo
militar, os antigos puderam nos oferecer grandes contribuições na hora de
dominar os inimigos. Os babilônios, por exemplo, foram os primeiros a
aproveitar os seus conquistados para formarem uma rentável força de trabalho
com a adoção do escravismo. Por outro lado, os gregos quiseram melhorar os
planos quando entravam em choque com os inimigos criando a chamada falange: um
grupo de soldados bem munidos que ataca de maneira sincronizada.
Na hora
de construir, contar e transportar devemos nos lembrar das contribuições obtidas
nas ciências exatas e na engenharia. Antes do fim do século XIX, a pirâmide de
Gizé ocupou durante quatro mil anos o posto de construção mais alta de todo o
mundo. Já os sumérios, preocupados com o gasto de suas obras, desenvolveram a
primeira calculadora do Mundo Antigo. Os fenícios, antes da tal globalização,
criaram embarcações ágeis que os permitiam realizar comércio com vários povos
estrangeiros.
Hoje em
dia, muitos apontam para os benefícios estabelecidos pelo regime democrático em
nosso país. Contudo, mesmo tendo influência dos ideais do liberalismo, várias
de nossas ações políticas e institucionais foram, em certa medida,
experimentadas pelos gregos. Em Atenas, os legisladores Clístenes e Péricles
lançaram as bases de uma nova forma de governo que inspirou nossa democracia
moderna. Além disso, foram os primeiros povos a criarem concursos para a ocupação
de cargos públicos.
Atualmente,
a grande disponibilidade de recursos estéticos, cirúrgicos e terapêuticos para
cuidar do corpo nos leva a crer que pertencemos à era do “culto ao corpo”.
Contudo, não podemos pensar que os antigos não tinham suas preocupações e
vaidades. No campo das artes, os greco-romanos desenvolveram técnicas de
reprodução corporal que, passados dois mil anos, impressionavam os
renascentistas. Na medicina, os egípcios se aventuravam na realização de várias
cirurgias, inclusive, cerebrais.
Essas são apenas umas das poucas comparações que nos
mostram a riqueza de capacidades e invenções que marcaram a Antiguidade e
influenciam o mundo de hoje. Se possível fosse, haveria ainda outras discussões
e análises que nos mostrariam que os povos do passado disponibilizaram
conhecimento que, de forma alguma, pode ser considerado inferior em relação ao
saber produzido na contemporaneidade.
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